“Nem a natureza objectivamente nem a natureza subjectivamente existem de modo imediatamente adequado ao ser humano”
(Karl Marx)
A relação homem/natureza sempre existiu.
Sendo assim, a natureza há que ser transformada pela acção humana, pelo trabalho humano que a submete às suas necessidades essenciais.
O homem só existe na relação prática com a natureza. Na medida em que está – e não pode deixar de estar – nessa relação activa, produtiva, com ela, a natureza se lhe oferece como objecto de matéria de sua actividade, ou como resultado desta, isto é, como natureza humanizada.
Com o advento do capitalismo, esta relação fundamental entre o homem e a natureza sofre uma profunda transformação. A lógica do lucro, inerente a esse regime de propriedade privada dos meios de produção, faz do homem e da natureza fontes de seu contínuo e crescente crescimento e reprodução. Os instrumentos de trabalho são substituídos por novos e permanentemente aperfeiçoados métodos e implementos de produção, aumentando a capacidade produtiva do trabalho e, portanto, a forma de apropriação da natureza, de maneira jamais experimentada em outras épocas.