Relação Homem - Natureza

“Nem a natureza objectivamente nem a natureza subjectivamente existem de modo imediatamente adequado ao ser humano”

(Karl Marx)

A relação homem/natureza sempre existiu.


 Sendo assim, a natureza há que ser transformada pela acção humana, pelo trabalho humano que a submete às suas necessidades essenciais.

O homem só existe na relação prática com a natureza. Na medida em que está – e não pode deixar de estar – nessa relação activa, produtiva, com ela, a natureza se lhe oferece como objecto de matéria de sua actividade, ou como resultado desta, isto é, como natureza humanizada.


A natureza se torna, para o capital, um meio de satisfação e realização da ganância de poucos, em detrimento da imensa população de agora e por vir.

Aparece assim a relação entre economia e meio ambiente, uma relação que denota o efeito predatório da produção capitalista sobre a natureza e/ou sobre o meio ambiente.

Relação economia / meio ambiente

Economia ambiental

A economia ambiental é um sub-ramo da economia que se debruça sobretudo no estudo do uso de propriedade comum. Actualmente temas relacionados com a economia ambiental tem sido bastante popularizada. A economia ambiental procura arranjar maneiras de mitigar os problemas de modo a maximizar o valor dos recursos. Entre esses temas incluem-se: a desflorestação, a sobre-exploração dos recursos marinhos (essencialmente a sobrepesca), o aquecimento global derivado do efeito de estufa resultante das emissões de gases para a atmosfera, etc. Um grande impulso na área foi dado pelo protocolo de Quioto (procura de meios para reduzir o efeito do aquecimento global).

Ambientalismo de Mercado

Apesar de vivermos numa economia de mercado, os ambientalistas têm usualmente defendido políticas ambientais que vão contra os princípios básicos de funcionamento desta, optando por soluções onde a legislação e o Estado têm um papel primordial. A preferência por este tipo de políticas significa demasiadas vezes que estas, por não levarem em conta a natureza humana e os interesses dos agentes económicos, acabarão por ter resultados muito aquém do esperado. É no entanto possível implementar mecanismos no funcionamento de uma economia de mercado, que levem os agentes económicos e os cidadãos em geral, a adoptar um comportamento proactivo na defesa do Meio Ambiente enquanto buscam simultaneamente satisfazer a sua tendência humana para o egoísmo.

Crescimento económico:


Em 1905, quando a actividade industrial não influenciava tanto no meio ambiente, a temperatura média da terra era 13,78 graus Celsius, agora está em torno de 14,50 graus. Um estudo da Universidade Virgínia, sugere que o homem iniciou a emissão de gases poluentes há oito milénios, dado o desmatamento e à irrigação de áreas cultiváveis. A poluição está directamente relacionada com os processos de industrialização e o crescimento económico caracterizado pela intensa exploração dos recursos naturais.

 A maior economia do mundo (EUA), é a grande vilã do aquecimento, emite sozinha ¼ de todas as emissões globais de gases. Teme-se que com o crescimento económico acelerado, a China (2º maior poluidora) e a Índia piorem ainda mais a situação. Com tecnologias ecologicamente “incorrectas”, a Índia e China estão a virar potências económicas

foi elaborado um protocolo onde se propõe um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em pelo menos 5,2%, em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012. A redução das emissões deverá acontecer em várias actividades económicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas acções básicas como:

Reformar os sectores de energia e transportes;

 Promover o uso de energias renováveis;

Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;

Limitar as emissões de metano no agenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;

Proteger florestas.

 O Protocolo de Kyoto foi adiado por vários anos, diante do recuo dos EUA, o maior poluidor mundial, que se negou a assinar o protocolo alegando, que a economia americana sofreria danos consideráveis. O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, após a adesão da Rússia, outro grande poluidor.